sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Feliz Tudo Novo!

Feliz tudo novo, tudo de novo! Mais um ano se vai e o próximo se aproxima com previsão de muitas mudanças. Mudanças internas, externas. Comecei por uma mudança visível, mas que já é reflexo dos futuros acontecimentos. Cortei meu cabelo bem curtinho. Demorei a decidir. Até o último minuto ainda pensei em fazer todas aquelas escovas milagrosas, em que o milagre dura alguns meseszinhos. Tem a com formol, sem formol, com açúcar, chocolate, mel, japonesa, francesa, tailandêsa... enfim um coquetel molotofe! Mas aí o desejo de mudança gritou e eu disse: Corta! E eu vos digo, AMEI! Tão mais prático... pentear sem prescisar de pente? É possível. Viver sem creme pós enxágue? É possível. Viver sem fazer escova? É possível. Sair de cabelo molhado sem se preocupar se vai armar? É possível. Lavar toda hora que tomar banho? É possível. Rejuvenescer sem plástica? É possível. Agora receber um puxãozinho de cabelo, do tipo vem cá minha nega, já se torna uma tarefa difícil, mas que pode ser perfeitamente substituída por outras partes agarráveis!



Kiss! Lehitraot!

sábado, 22 de dezembro de 2007

A lentidão

Li este texto e achei perfeito...

A lentidão

Há um vínculo secreto entre a lentidão e a memória, entre a velocidade e o esquecimento. Imaginemos uma situação das mais comuns: um homem andando na rua. De repente, ele quer se lembrar de alguma coisa que lhe escapa. Nesse momento, maquinalmente, seus passos ficam lentos. Ao contrário, quem está tentando esquecer um incidente penoso que acabou de viver sem querer acelera o passo, como se quisesse rapidamente se afastar daquilo que, no tempo, ainda está muito próximo de si. Na matemática existencial, essa experiência toma a forma de duas equações elementares: o grau de lentidão é diretamente proporcional à intensidade da memória; o grau de velocidade é diretamente proporcional à intensidade do esquecimento.

Milan Kundera

No momento caminho apreciando a paisagem, nem lenta, nem rápida demais, apenas fazendo registros na memória...

Kiss! Lehitraot!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Mensagem para o novo ano!

Mude (Edson Marques)



Mude. Mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade. Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,calmamente,observando com atenção os lugares por onde você passa. Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira pra passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.Veja o mundo de outras perspectivas. Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma do outro lado da cama... depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de TV, compre outros jornais... leia outros livros.Viva outros romances. Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias. Tente o novo todo dia, o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações. Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa. Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental...tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares. Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes. Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escrevas outras poesias. Jogue fora os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores. Abra conta em outro banco.Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus. Mude. Lembre-se que a vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um novo emprego,uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas.Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas. Mas não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda! Repito, por pura alegria de viver: A salvação é pelo risco.


Kiss! Lehitraot!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

É o amorrrrrr....

Fim de ano chegando. Naturalmente um período nostálgico, mas pra mim tem sido particularmente emocionante. Vai ser um Natal e fim de ano família, pois é com eles que quero estar a todo momento antes de eu partir. Tenho percebido também, o quanto é bom dizer que eu amo! Pois é, tão simples assim e a gente acaba dificultando uma tarefa fácil, fácil... Ok, EU DECLARO QUE AMO VOCÊS!!! Com todas as letras, pingos nos "is" e letra maiúscula! Sim! Porque é fácil, muito fácil dizer isso e eu preciso dizer, pois é o que mais sinto nesses últimos dias. Sinto que amo! Tão bom amar! Mas no sentido mais amplo desse sentimento. Tão bom descobrir que sei amar... Tão bom sentir que todo esse amor, transborda e respinga em mim. Tão bom me perceber amando. Tão bom sentir que o amor se mistura tão bem misturadinho com outros sentimentos, como a saudade antecipada. E é graças a esta mistura que tenho a oportunidade e o tempo pra dizer isso a vocês. Eu me rendo! Me rendo ao amor, me rendo a vocês!

Por fim, eu e minhas frases favoritas:

Amar é mudar a alma de casa.
Mário Quintana

Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.
Clarice Lispector

Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.
Clarice Lispector

Kiss! Lehitraot!

domingo, 25 de novembro de 2007

Entre dores e histórias

Tô na moda! Pois é, esses dias em que tenho passado com a minha sogra que está se recuperando de um duplo salto carpado, a la Dayane dos Santos, ganhei dela lindas blusinhas bordadas vindas diretamente da Hungria há mais ou menos uns 30 anos atrás. Podem acreditar, são lindas! Eu estava pegando uma roupa pra ela e encontrei essas preciosidades no seu guarda roupa, que mais parece um baú encantado, com tantas coisas antigas e incríveis! Arregalei os olhos de admiração e eis que ela me presenteou. A noite lendo uma revista de mulherzinha,tá no diminutivo,mas não no pejorativo, vi uma foto da campanha publicitária da Cantão e a modelo vestia um micro vestido idêntico às blusas! Gente, tô mais que na moda, tô atualizadíssima com as últimas tendências e nem fiz e nem faço força pra isso, não é o máximo?
Tenho passado bastante tempo com minha sogra por conta do acidente e está sendo o máximo! Ela é uma senhora de 82 anos, perceberam que o Léo é raspa de tacho, né?! Mas apesar da idade é muito lúcida e antenada. Entre dores e resmungos de dor tenho ouvido histórias maravilhosas de vida! Ela chegou ao Brasil com 9 anos, fugida da guerra. Deixou a Polônia para se aventurar com a família num país que na época, para muitos, era promessa de dias melhores. E assim foram. Conheceu um húngaro, que também fugindo da guerra, se estabeleceu em terras tupininquis. Casaram. E a vida foi dando conta de seguir tranquila. De tudo isso, o que me encanta, é que parece que só agora tô sabendo o que é ter uma avó, sim, ela tem idade pra isso, e todas aquelas características modelo de avó tradicional. A casa é decorada com móveis antigos, de madeira "da boa", faz compota e geléias deliciosas, tem um baú com roupas antiguíssimas, bolsas idem, que não se desfaz por nada nesse mundo, só quando a nora inxirida pede. E tem todas aquelas memórias e vivências para contar, bem coisa de vó dos livros infantis. Eu nunca tive vó, minhas amiguinhas passavam o fim de semana na casa da avó e eu nunca soube o que era isso, o que era ter uma casa de avó pra passear. Não traumatizei, não fiquei problemática por causa disso, mas perdi, agora eu posso constatar, vivências deliciosas, que só temos com nossos avós. Mas não vou me queixar, pois nessa altura do campeonato, por sorte ganhei uma emprestada, e tô podendo saborear o gostinho de ser neta.
Ela sempre me agradece por eu estar com ela nesse momento difícil, mal sabe ela que eu é que tô ganhando com esse convívio... Vou parar de escrever e ir correndo contar isso pra ela!

Kiss! Lehitraot!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Tchau! Até logo! Lehitraot!

Sanando as dúvidas... Lehitraot é uma palavra em hebraico que quer dizer tchau! Quando li pela primeira vez essa palavra, foi um sufoco, pois além de ser escrito com aquelas letrinhas que para muitos não tem significado algum e que para mim, graças a Deus, já faz algum sentido, eu ia lendo letra por letra em voz alta como uma analfabeta que sou da língua e o som saía: le – hi - te –ra – o – t, mas aprendi que se fala leitraot, eles juntaram o “te” com o “ra” e não me perguntem o porque ficou “tra”. Quando soube do significado fiquei fascinada com o palavra... Adoro dizer lehitraot para minha morá Sheila! Ah! Morá é professora em hebraico.
Estou gostando muito de estudar o hebraico. Não é igual a qualquer língua, pois o alfabeto é completamente diferente e quando a gente se percebe entendendo aqueles “desenhinhos” é a glória!!!!
Estivemos ontem na agência judaica para dar entrada nos papéis da viagem. Confesso que desanimei ao ver as fotos do quarto que vamos ficar. Eu sei que todo mundo que vai morar, estudar fora, passa perrengue no início em termos de moradia, porém, contudo, todavia, o problema é que as moradias em Israel não diferem muito disto, ou seja, não teremos muita escolha. Léo navega direto em um site de venda e aluguel de imóveis de lá, noooooossa... já rimos muito com as janelas das casas, são todas minúsculas, sem falar no mal gosto do povo. As tomadas ficam no alto da parede, aliás, no meio da parede. Os quadros são um espetáculo à parte, eles gostam muito de pôr quadros nas paredes, são quadros de todos os tipos e em todos os cantos, não sobra espaço pra nada e não há a menor preocupação em ter qualquer tipo de equilíbrio estético. Bom, uma coisa é certa, ser decoradora lá é um grande lance!
Mas tirando o desânimo de ordem estética, estou deveras animada. Gente, esse mundo é maravilhoso demais pra ficarmos parados, eu quero muito ir para todo lugar que for possível, nem que seja pra voltar e dizer que o melhor lugar é aqui!

Kiss! Lehitraot!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Só um alô...

Muita coisa acontecendo nos últimos dias e falta de tempo para postar algo no blog recém inaugurado...
Para não passar em branco, frases interessantes e engraçadas do grande Nelson Rodrigues, pra enganar o tempo... logo, logo eu tô de volta!


O homem começa a morrer na sua primeira experiência sexual.

A morte é anterior a si mesma.

Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar.

Todo desejo é vil.

A cama é um móvel metafísico.

Tarado é toda pessoa normal pega em flagrante.

Só há uma tosse admissível: a nossa.

Eu me nego a acreditar que um político, mesmo o mais doce político, tenha senso moral.

Morder é tara? Tara é não morder.

Todo tímido é candidato a um crime sexual.

O amigo é um momento de eternidade.

O casamento não é culpado de nada. Nós é que somos culpados de tudo.

A dúvida é autora das insônias mais cruéis. Ao passo que, inversamente, uma boa e sólida certeza vale como um barbitúrico irresistível.

Toda coerência é, no mínimo, suspeita.

A maioria das pessoas imagina que o importante, no diálogo, é a palavra. Engano, e repito: - o importante é a pausa. É na pausa que duas pessoas se entendem e entram em comunhão.

Toda a história humana ensina que só os profetas enxergam o óbvio.

Amar é ser fiel a quem nos trai.

No Brasil, quem não é canalha na véspera é canalha no dia seguinte.

Se eu tivesse que dar um conselho, diria aos mais jovens: - não façam literatice. O brasileiro é fascinado pelo chocalho da palavra.

Quero crer que certas épocas são doentes mentais. Por exemplo: - a nossa.

Desconfio muito dos veementes. Via de regra, o sujeito que esbraveja está a um milímetro do erro e da obtusidade.

Kiss! Lehitraot!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Início de Conversa

Pra início de conversa preciso colocar em pratos limpíssimos o por quê de tudo isso.... do blog, do título do blog e da minha vontade de expor minha simples vida e das pessoas que me cercam para esse mundão virtual de meu Deus...
Bem, comecemos pelo mais fácil... O título Geléia de Pimenta! A idéia surgiu por causa da sensação tão díspare de sabores, que acho perfeita para representar a vida e principalmente os novos tempos que me aguardam. Não sei se já existe esse título pra alguma coisa, pode ter sido também aquela idéia defendida por Jung, do inconsciente coletivo, bom, mas isso não importa, nada de "filosofices" por aqui... rsss!!! Aqui vai ser um espaço pra "rolar" uns papos nada cabeça, sacaram?!
Segunda questão... Fiz um blog, e aí? Bem, e aí que tô disposta a dividir e pôr as pessoas queridas em dia com os acontecimentos da minha vida... simples assim! Por enquanto nada mais a dizer.
Terceira questão que não quer calar. Como assim? Uma canceriana expondo sua vida pra meio mundo? Essa nem eu explico, só os astros, que na conjuntura do céu me deram um ascendente deveras exibido, que deve estar falando mais alto neste momento, astrólogos de plantão me respondam essa questão! O ascendente é escorpião... muita água né?! Minha vida vai virar um mar aberto!! Opsss! Mar aberto??? Não seria um livro?
Então tá então... Também vou querer ouvir opiniões, sugestões, conselhos, puxão de orelha, enfim, quero todos que amo me acompanhando, juntinho de mim pra diminuir a saudade!

Kiss! Lehitraot!