quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal!



Em Israel não se comemora o Natal, mas durante toda a minha vida esta data foi devidamente comemorada, logo, hoje que é véspera de Natal, dia de reunião da família, da troca de presentes e carinhos, da ceia gostosa, não poderia deixar passar em branco, já que querendo ou não, está impresso em mim toda a aura que envolve este período!

Mesmo que não se acreditem nos símbolos natalinos, penso que podemos aproveitar este dia pra reflexão, já que um dia ou outro vamos, ou deveríamos parar para refletir sobre a vida, o mundo, a fraternidade, a paz... etc. Que seja hoje então o dia para pensarmos um pouquinho.

Deixo a sábia reflexão de Fernando Pessoa para finalizar a minha e iniciar a de vocês!

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas.
Que já têm a forma do nosso corpo.
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares.

É o tempo da travessia.
E se não ousarmos fazê-la.
Teremos ficado para sempre.
À margem de nós mesmos."

Kiss! Lehitraot!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Ahhhhhhhhhhhhhhh!!!


Quero usar este espaço pra expressar o meu contentamento e dividir com todos a última feliz novidade!
Já disse Jayme Ovalle que o câncer é a tristeza das células, pois é, as células do meu pai, depois de 10 anos, voltaram a sorrir!
Pena que tô aqui e não posso dar um abraço apertado no meu campeão!
Mas só pra deixar registrado: Sou uma pessoa muito feliz! Te amo pai!

Kiss! Lehitraot!

sábado, 8 de novembro de 2008

Abandono provisório de Blog

Tenho que admitir que deixei completamente de lado o geléia, agora só me resta pedir desculpas aos poucos leitores, se é que existem leitores.
As últimas novas foram os passeios a Galiléia, onde fizemos um rafting pelo Rio Jordão, digamos que não foi bem um rafting, pois o rio estava com o nível de água baixíssimo devido a falta de chuva dos últimos meses, e só tem uma quedinha da'água que não proporciona nem um pouco de emoção. Conhecemos neste mesmo dia Safed ou Tzfat, uma cidade religiosa e muito mística, onde se espalham símbolos esotéricos e da Cabala. Cidade feia e suja como toda cidade religiosa aqui em Israel.

Estivemos também em Eilat, neste período prolongado de feriados: Yom Kippur, sucot, entrega da torá, ficamos, por conta disso, com quinze dias de folga. O problema é que tudo, absolutamente tudo fica de folga também, o que significa que não temos nada para fazer, nenhum lugar pra ir, pois tudo vai estar fechado, ou seja, uma chatice igual a todo shabat, só nos resta aguardar e torcer para que os dias passem rápido.
Em Eilat encontramos com o mar vermelho esplendoroso e transparente, e só. Mais uma cidade suja e feia. Gente grossa e mal educada. Quanto mais conheço Israel, mais tenho saudade do Brasil.
Eilat fica espremida entre a Jordânia e o Egito, o que nos permite ver esses dois países ao longe. Ficou faltando o passeio em Petra, Jordânia. Vai ficar pra próxima pois devido a problemas com nosso carrinho, tivemos que voltar logo e de ônibus!

Kiss! Lehitraot!

domingo, 12 de outubro de 2008

Mais um outono.

Outubro é os mês dos librianos que amo! Ontem, dia 11, foi aniversário de minha mãe. Novamente, comemoração a distância. Acostumamos com quase tudo nesta vida, e uma das quais acho que não vou me acostumar é com a distância, enfim, é o que temos agora!
Um brinde a minha mãe, um brinde a vida e por que não, um brinde à tecnologia!
Aproveito o post para brindar minha pequena sobrinha Victória pelo dia de hoje, o das crianças!


Não importa se a estação do ano muda,
Se o século vira, se o milênio é outro,
Se a idade aumenta.
Conserva a vontade de viver,
Não se chega a parte alguma sem ela.

Fernando Pessoa


Kiss! Lehitraot!



segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Homenagem de aniversário

A Vida e as Estações

Eu queria que a vida fosse dividida em quatro estágios, mas que não acabasse nunca
A infância é como a primavera. É pura novidade e um calor que não sufoca nem faz pensar bobagens. Tem uma inocência quase cafona, uma singeleza clássica, e traz no íntimo a certeza de que pela frente vem coisa boa. A gente quer que passe logo, mas sabe que nunca mais será tão protegido, a mordomia não será eterna. É quando as coisas acontecem pela primeira vez, é quando num arbusto verde vemos surgir alguns vermelhos, é surpresa, a primeira de uma série.
A adolescência é como o verão. Quente, petulante, libidinosa.
Parece que não vai haver tempo para fazer tudo o que se quer e o que se teme. É musical e fotogênica. Dúvidas, dúvidas, dúvidas em frente ao mar. Mergulha-se no profundo e no raso. Pouca roupa, pouca bagagem. Curiosidade. Vontade que dure para sempre, certeza de que passa.
Noção do corpo. Festas e religião. Amor e fé.
A maturidade é como o outono. Um longo e instável outono,
que alterna dias quentes e frios, que nos emociona e nos gripa. Há mais beleza e o ar é mais seco, porém é quando se colhem os melhores abraços. Ficar sozinho passa a não ser tão aterrorizante. Fugimos para a praia, fugimos para a serra, as idéias aprendem a se movimentar, a fazer a mala rápido, a trocar de rota se o desejo se impuser, e não é preciso consultar o pai e a mãe antes de errar. É o outono que tentamos conservar.
O inverno é como a velhice. Tem sua beleza igualmente, exige lã, bolsa de água quente, termômetro e uma janela bem vedada. O que não queremos que entre? Maus presságios. O inverno é frio como despedida de um grande amor, mas sabemos que tudo voltará a ser ameno. Queremos que passe, temos medo que termine. Ficar sozinho volta a ser aterrorizante. O inverno é branco, é cinza, é prata. É grisalho.
E, de repente, também passa.
Eu queria que tudo fosse verdade, que a vida fosse assim dividida em quatro estágios que mais parecem estações do ano, mas que não acabasse, que depois do inverno viesse outra primavera, e outro verão, e outro outono, que nunca são iguais, mas sempre se repetem, sempre voltam, são tão certos quanto o sol e a lua, todo dia, toda noite. Eu queria.

Martha Medeiros

Léo! Parabéns por mais um outono...

Kiss! Lehitraot!

domingo, 5 de outubro de 2008

Comemorações!



Hoje comemoro duas vezes.
Cinco meses de Israel e não precisar votar nas eleições do Brasil para prefeito!

Kiss! Lehitraot!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Feliz 5769!


A festa do Rosh Hashaná (que significa "cabeça do ano") começou no pôr-do-sol de segunda-feira, dia 29, e a passagem para o ano 5769 dá-se quando se avistar a primeira estrela no céu, já que a meia- noite não tem significado para os judeus.
A festa, que se prolonga até ao pôr-do-sol de quarta-feira, dia primeiro de outubro, começa com uma bênção acompanhada de pão, vinho e fatias de maçã molhadas em mel, para pedir a Deus um ano doce.

Na diáspora, a celebração do ano novo dura dois dias para que haja a garantia de que coincide com a data da festividade em Israel, porque, ao contrário do cristão, o calendário judaico é regido pela Lua.
O jantar de ano novo inclui a degustação de comida tradicional, como peixe gefilte fish (bolinhas de peixe), paté de fígado de galinha e de arenque e challah (pão branco redondo).

Um dos costumes ligados a esta celebração, em que são lidas algumas passagens da Bíblia Hebraica (Torah), é o toque de shofar, instrumento de sopro também utilizado em utras celebrações religiosas. Dez dias após a celebração do novo ano, acontece outra importante festividade judaica - o Yom Kipur (dia do perdão) no qual se costuma fazer jejum. "A única coisa que pode passar pelos lábios são rezas", dizem os religiosos.

Ontem jantamos na casa de brasileiros que moram em Raanana, seguimos o ritual de molhar pedacinhos de maçã no mel, acho que teremos um ano bem doce...

Kiss! Lehitraot!

domingo, 28 de setembro de 2008

Shana Tová!



Estamos em pleno clima de festa de Ano Novo judaico!
Shana Tová! Shalom!

Kiss! Lehitraot!

sábado, 27 de setembro de 2008

Mensagem para um dia chuvoso



Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.
Tendo consciência de que, cada homem foi feito, para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.

Nizan Guanaes

Kiss! Lehitraot!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Chove chuva, chove sem parar... please!


Hoje, próximo de completarmos 5 meses em Israel, caiu a primeira chuvinha!
Parece milagre!
Acho que é um bom sinal para o novo ano. Acho que são bençãos!
Ahhhhhhhhhh... cheirinho de terra molhada pela chuva não tem preço.
Que venham as bençãos!

Kiss! Lehitraot!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Não nascemos prontos!

Hoje não quero escrever nada, não quero dizer nada. O texto abaixo fala por mim.

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.
Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a idéia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, emagrecer etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na idéia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando...
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente.
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”...

Mário Sérgio Cortella

Do livro Não nascemos prontos! – provocações filosóficas. Petrópolis,RJ: Vozes, 2006


Kiss! Lehitraot!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Voltamos a terrinha!

Estamos de volta! Sinto que preciso de mais uma semana de folga pra descansar das andanças.
Bem, farei um resumão do que foram esses 8 dias de viagem.
Andamos e muito! Posso afirmar que aproveitamos todos minutos que tínhamos.
Saímos de Israel ainda de madrugada, chegando pela manhã na Croácia. São 3h de vôo, e ainda contamos com a vantagem do fuso horário ser de menos 1 hora lá. Aportamos na belíssima Dubrovnik. Gratíssima surpresa! Cidade agradável e com o mar Adriático resplandecente! A moeda local (kuna), está equivalendo 1 real para 3 kunas, ou seja, estávamos com uma certa vantagem financeira, tanto que caímos na besteira de comprar duas lindíssimas colchas para cama, duas toalhas e quatro pares de tênis. Digo besteira pois estávamos apenas no início da viagem e toda essa bagagem extra nos acompanhou o restante dos dias que se seguiram.
Em Dubrovnik. Passeamos pela cidade velha que é circundada por uma muralha medieval, mergulhamos no Adriático em duas praias, uma delas se chamava Copacabana, lógico que tínhamos que ir conferir, mas nada parecido com a Copa carioca. Nas praias de Dubrovnik não existe areia, só pedras e pedrinhas branquinhas, por isso a aquisição dos tênis, eles são específicos para este tipo de praia.

Depois pegamos um ônibus direto pra Trieste, Itália. De lá seguimos de trem pra Veneza, dormimos duas noites lá, passeamos pelas ilhotas de Murano, onde fabricam esculturas e objetos de decoração de vidro e Burano, onde as casas são todas coloridinhas e fabricam toalhas e paninhos bordados, vale a pena, maravilhosas!

Depois fomos pra Florença, ficamos duas noites também. De lá fizemos Pisa, onde fica a torre... rs! E Lucca, maravilhosa! A cidade é rodeada por uma muralha medieval, é uma cidadezinha, mas super movimentada, cheia de lojas estilosas. Passeamos também por Florença, visitamos os principais museus, amei o David de Michelangelo e outras esculturas, principalmente as inacabadas. Mas a cidade de Florença está bem suja e cheia de camelôs, isso não me causou uma boa impressão. Tem muito marroquino, árabe, angolanos e travecos brasileiros.A gente chegou em Florença anoitecendo, e a cidade tem um clima fechado, prédios escuros, construção pesada de anos e anos atrás.

Por fim, passamos uma noite em Verona, ahhhhhhhhhh Verona!!!! Amei!!!! Linda, linda, linda!!! Vimos o anfiteatro romano, o castel vecchio, a casa de Julieta, com direito a subir na sacada e o coliseu, que me decepcionou um pouco, pois como está em perfeito funcionamento, tem shows e eventos em geral, está com muita intervenção dos dias atuais, como cadeiras nos locais onde não existe mais a arquibancada original, o que tirou um pouco da singularidade do local. A capacidade é pra 20 mil pessoas.

A Europa está muito quente e como esses passeios são praticamente todos feitos a pé, cansa muito. Também está tudo muito lotado, muito turista... O que nos informaram é que o melhor período é em final de setembro, começo de outubro, pois já está refrescando e não está tão lotado. Não pega o frio intenso, nem o calor. O meio termo sempre é melhor.

Detalhes interessantes:
Tanto na Croácia quanto na Itália, pode-se beber água a vontade nas várias fontes espalhadas pela cidade, todas potáveis.
Ir no verão é ter a certeza de ter que conviver com o mau cheiro do povo. Europeu não gosta de banho e a inhaca é forte!
Nota zero pra educação e gentileza na Europa.
A verdadeira pizza marguerita não tem rodelas de tomate nem manjericão.
A melhor pizza não está na Itália, mas sim no Brasil.
Serviço público e ser humano é igual em qualquer lugar do mundo.
Por fim, presenciamos uma cena surreal em um trem, indo de Florença pra Pisa. Um pedinte, parecia marroquinho, passando de cadeira em cadeira, deixou um bilhetinho em que dizia que não tinha trabalho, etc. Detalhe especial é que o texto estava escrito de um lado em Italiano e do outro em inglês! Isso sim é primeiro mundo!

Kiss! Lehitraot!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Vou ali, volto já!




Vamos dar umas voltinhas no velho mundo!
Partiremos amanhã e estaremos de volta dia 4.
Roteiro: Croácia e Itália.
Trarei novidades...

Kiss! Lehitraot!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Passeio quase ecumênico

Novamente fomos em Jerusalém. É uma cidade que tem tanta história que não tem como ver tudo num dia só, fora que as duas vezes anteriores fomos em grupo o que não nos permite traçar nosso próprio caminho.
Fomos no nosso carro, no nosso tempo e com a nossa programação. Acho que não comentei que agora estamos motorizados... Pois é, então agora todos já estão informados.
Bem, a primeira visita foi a cidade de David. O visual remete aos tempos medievais, bem bacana o lugar.

Fomos depois na Via Dolorosa, Santo Sepulcro e mesmo que não queira, temos que passar pelo shuk, que é parecido com o Saara do Rio, ou melhor, o Saara é que se parece com os Shuks de Israel. Por falar em shuk, posso contabilizar dois foras que levamos quase que simultaneamente, de dois vendedores árabes. Aqui ninguém faz questão de ser simpático e também parece que não fazem questão de vender, ou agradar o turista. Resolvi ver umas blusinhas, o vendedor deu o preço, achei caro e fui saindo, aí começa a negociação, o cara vai e abaixa o preço, mas eu realmente não estava interessada, mas como Léo não consegue ficar quieto teve que fazer piada. Léo falou pro vendedor que a blusa valia 10 shekel, o cara ficou puto e mandou a gente sair de perto pois estávamos atrapalhando a venda dele. Pensam que Léo saiu?? Nãoooo! Ficou rindo na frente do vendedor. O outro episódio, foi com um vendedor de doces. Esse eu não estava nem perto, mas só vi o cidadão sentar, pegar sua marmita e dizer que ia almoçar, que não era pra gente ficar pegando no doce, que era só pra ver... coisa de louco, pois aqui as mãos são a extensão dos olhos, ninguém compra um pão sem antes olhar e apertar bem, e na verdade léo estava realmente pegando o doce pois ia levar. Fiquei pasma! Lógico que não levamos, e dessa vez fui eu que fiz cara de debochada pro infeliz. Falei poucas e boas, óbvio que em português.

Como sempre, tivemos a desagradável companhia do calor israelense. Percorremos a Via Dolorosa, e acredito que se eu estivesse carregando uma cruz já tinha empacotado antes de ser crucificada, ia morrer desidratada. Seria até bom, pois não ia dar o gostinho de me verem sofrendo na cruz. Enfim, chegamos na igreja do Santo Sepulcro. Coisa triste de se ver... cada vez que eu entro em contato com a religião, ou ícones religiosos, acredito menos no homem. O Santo Sepulcro está largado, não tem lógica o Vaticano com seus milhões não investir no lugar onde realmente a história aconteceu. É lá que Jesus foi crucificado, seu corpo lavado e enterrado e depois loucamente resolveu ressuscitar.
E o que são aquelas pessoas enlouquecidas se esfregando na pedra em que Jesus teve seu corpo lavado? Escorre uma água, e as pessoas se molham, molham os objetos que compraram no shuk, é uma cena surreal.
Presenciamos um bate boca, em frente ao suposto túmulo de Jesus, que se ele estiver realmente enterrado ali, deve estar se revirando na tumba até agora. O ser humano é bizarro!

Por fim, tentamos ir até a mesquita mas fomos informados que já estaria fechada. Léo deu-se por satisfeito,ele estava achando as vielas que nos levariam até a mesquita muito desertas e ficou apreensivo. Eu estava "tranquiléxis", garota carioca, suingue, sangue bom! Ia ser ótimo fazer esse passeio ecumênico, mas os mulçulmanos resolveram fechar as portas cedo. Bom, temos um bom motivo pra retornar a Jerusalém!

Kiss! Lehitraot!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Só pensando um pouquinho...




“Como a gente se perde! A linguagem que o meu sangue entende - é esta. A comida que o meu estômago deseja - é esta. O chão que os meus pés sabem pisar - é este. E, contudo, eu não sou já daqui. Pareço uma destas árvores que se transplantam, que têm má saúde no país novo, mas que morrem se voltam à terra natal.”

Miguel Torga


Às vezes me sinto despatriada, sem casa, sem lugar, me sinto no meio do caminho sem saber pra onde voltar. Em Israel muita coisa se parece com o Brasil. Aqui tem uma diversidade cultural incrível! Tem gente de todo o mundo, que dá uma mistura legal! Respira-se religiosidade o tempo todo. Os lugares estão impregnados de história, de passado rico, triste, emocionante. Paralelo a todo este cenário, vemos o tempo todo gente armada e achamos tudo absolutamente normal, afinal, aqui segurança é prioridade. Mas não sinto nenhum clima de guerra, de perigo ou hostilidade, pelo contrário, me sinto muito mais segura aqui do que no Rio de Janeiro....

Depois que saí do Brasil, fiquei mais intolerante com certas coisas que acontecem no nosso país.
Aqui não é perfeito, assim como em nenhum lugar do mundo, mas quando a gente sai do país, não pra passear, a gente começa a redimensionar nossos problemas sociais. Não existe país como o Brasil em relação a diversidade e intensidade de belezas naturais e do povo maravilhoso, mas por outro lado percebo com muito mais clareza o quanto estamos no fundo do poço em relação a violência, a pobreza a tantas coisas negativas... fico muito triste, pois estou tendo a oportunidade de comparação, e vejo o quanto eu gostaria de viver no meu país com a segurança que temos aqui... infelizmente não temos tudo... infelizmente!

Kiss! Lehitraot!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Saudades...



Seu cachorro já lhe terá proporcionado muitas alegrias.
Cuide para que ele tenha um final de vida feliz.
Sempre que for possível, deixe que ele permaneça ao seu lado, pois este será, realmente, um dos poucos prazeres que lhe restarão na velhice.
A grande despedida está próxima, e ele, por instinto sabe disto.
É natural que deseje a companhia daquele que aprendeu a amar e respeitar durante toda sua vida.
Não o abandone agora.
Ele já não será mais aquele animal bonito de antes.
Seu pêlo começou a cair, seu caminhar perdeu a elegância e sua cabeça penderá, cansada, sobre suas patas.
Somente seu olhar acompanhará os passos de seu dono.
Lembre-se que, dentro do peito, ele ainda possui aquele coração que vibra com o som de sua voz... de seu mestre.
Chegando ao fim, não se envergonhe, chore!
Você acaba de perder, talvez o mais dedicado dos amigos...
O cão
(autor desconhecido)

Este texto é em homenagem ao meu Teddynho que ganhou asas no dia 06 de abril deste ano. Quatro meses de saudade, saudade, saudade...

Kiss! Lehitraot!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Três meses!



Hoje comemoramos três meses de Israel! Iofe!!
Ainda estamos no processo de reconhecimento. No sábado fomos até Tibérias. Fomos conferir o mar da Galiléia, ou Kinneret, que na verdade é um imenso lago de água doce, que é reservatório de água de Israel. Lá Jesus multiplicou os peixes e deu uma passeada por cima das águas. Eu creio que a galera que viu tal feito devia estar sob o efeito delirante que o calor provoca, pois por Tibérias ser abaixo do nível do mar 200 metros, o lugar é quente como acreditam ser o inferno. Daí também creio ter surgido a idéia do inferno ter fogo e ser muito quente. Fomos no museu Yigal Allon Center, e por Jesus sagrado tinha ar condicionado. Lá vimos o mar da Galiléia por um ângulo privilegiado e vimos obras seculares. O mais legal foi o barco que foi encontrado no inverno de 1986. O nível da água do Mar da Galiléia estava baixo e a linha costeira havia recuado bastante. Dois homens caminhando por esta linha, encontraram pregos no meio da lama, que acreditaram ser muito antigos. Chamaram especialistas que concluíram tratar-se dos remanescentes de um barco antigo,usado pelos judeus na batalha naval de Migdal contra os romanos, data de 67 D.C.
Quando saímos do museu ouvi a melhor definição do que era aquele calor todo. Léo falou que parecia que tinha um gigantesco secador de cabelos soprando em cima de nós. Definição perfeita! Não tinha como fugir daquele vento quente.
Depois fomos em Carfanaum, cidade de Jesus, onde restam as ruínas da casa do apóstolo Pedro, que pescava no mar da Galiléia. Casa esta, que abrigou Jesus após ele ter sido expulso de Jerusalém. Tinha também as ruínas da sinagoga onde Jesus pregava, ruínas do que fora uma moenda de azeitonas, ou mini fábrica de azeite de oliva. E muitas histórias impregadas naquelas pedras de riqueza secular.
Tirando o excessivo calor, o lugar é lindíssimo, a beira do Kinneret. Dá pra fazer uma viagem no tempo. Depois de Massada esse passeio foi um dos mais ricos de sensações.

Kiss! Lehitraot!

domingo, 3 de agosto de 2008

Pondo as notícias em dia!

Fomos em Natanya e em Hadera. Cada vez que conheço essas novas cidades bate desânimo. São tão feias. Prédios feios, cidade suja, falta de clima, que não sei explicar. Parece que esse povo não sai nas ruas, é tudo muito parado. O visual das praias é fantástico, o mar mediterrâneo é realmente lindo, mas em certos aspectos, negativos, continuamos no Brasil.

Fui ao médico dia 28, o consultório ficava na cidade de Bnei Brak, a distância é como se saíssemos da Tijuca e fôssemos pra Copacabana. As cidades são tão perto que parecem bairros. Pra variar, cidade horrorosa! Com H maiúsculo! Tá, até aí já sabemos dessa deficiência estética em Israel. Quando adentro o recinto médico o que vejo? Multiplicações de religiosas! A primeira indagação: O que estou fazendo aqui? A segunda: Por quê diabos me indicaram essa médica? Ah! Esse questionamento tem resposta, ela habla castelhano. E não teve mais nenhum questionamento, fiquei sentadinha com léo aguardando novas surpresas. O local era bizarro, sofás que pareciam da casa da avó da médica, e uma avó com muito mal gosto. Junto a recepção tinha aqueles depósitos que você coloca uma moedinha e sai uma jujuba. Eram dois depósitos, um de jujuba e outro de bolas coloridas que mais pareciam chicletes. Léo ficava olhando pra aquilo e me perguntava: Pra que isso? Imagino que deva ser para as crianças, filhos daquelas religiosas, pois o que religiosa sabe fazer de melhor são filhos, muitos filhos. Bom, mas não tinha nenhuma criança lá. E aquelas mulheres eram estranhíssimas. Tudo de peruca, coisa horrorosa! Uma menina novinha usando, perucas Lady, tá? Sei que quando é casada tem que cobrir o cabelo, se não está de chapéu ou lenço tá de peruca, isso é normal. E por conseguinte, todas ali já estavam na fase preparatória, de treinamento pra ter filhos, todas então casadas, logo seus cabelos eram cobertos, mas não sei porque diabos, todas resolveram ir de peruca, e das vagabundas! Cena bizarra! Filme de Felline perde!

Pra terminar, não quero zombar de ninguém, e se esse ninguém for meu marido menos ainda, mas preciso contar este fato, pois foi engraçado. Fomos na Marina em Hertzilia Pitchua, muito linda por sinal, nos encontrar com amigos brasileiros do Léo que vieram passear em Israel. Fomos num restaurante bacaninha e pedimos uma pizza. Papo gostoso, Leila e Luís muito simpáticos e agradáveis, mas chegou a hora de partirmos. Pedimos pizza que dava pra duas pessoas comerem juntas, sobrou pizza de todo mundo, pensamos, vamos levar! Até aí tudo certo. Léo chama a garçonete simpática e com toda a segurança que lhe é peculiar solicita a mocinha que quando for arrumar a “quentinha”, que coloque um código, sinal, pra identificarmos os sabores. Léo fala: Tacê asimlá bakufsá, bevakaxá? A garota ficou olhando pra Léo com uma cara que não sei descrever. Algo como, “não entendi”, misturado com, “esse cara é louco?”. Aí o Luís interviu: Léo, não seria siman, em vez de simlá? Ah! Sim! Risadas a parte tudo ficou resolvido e levamos nossas pizzas devidamente sinalizadas.
Mas sei que devem estar curiosos pra saber o que foi dito. Bem, traduzindo literalmente as palavras de léo, ele pediu pra mocinha que colocasse um vestido (simlá) em vez de um sinal, código (siman), na caixa.
Isso acontece! Só não acontece comigo porque eu ainda não falo.

Kiss! Lehitraot!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Não entendo, porquê não entendo?


"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo".

Clarice Lispector

Kiss! Lehitraot!

domingo, 20 de julho de 2008

Dia de aniversário!

Hoje é meu niver, fazer o quê, todo mundo passa por isso uma vez ao ano. Dia tranquilo, abraços e beijos e um delicioso bolo de mousse!

Em minha homenagem, frases perfeitas!

"Como os jeans, a idade me fez ficar mais macia e adaptável." (Léa Waider)

"Eu não envelheço nunca, apenas vou ficando mais rústica." (Claudia Giocani)

"A idade é algo que não tem importância, a não ser que você seja um queijo." (Billie Burke)

Kiss! Lehitraot!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Trabalho no deserto



Dia 8 trabalhei em um evento. Saímos de Raanana às 14h e seguimos rumo ao Mar Morto, sem a menor idéia do que faríamos. Sabíamos que era uma festa e só. Após duas horas, chegamos. No meio do nada! Senti o Hamsim, o vento do deserto. Surreal! O que era aquele calor? Não transpirávamos, mas sentia como se minhas forças se evaporassem junto com a água do meu corpo, sem eu sentir.
A festa era um Bar mitzvá, armaram tendas no deserto e nós tínhamos que arrumar as mesas onde ficariam os convidados. Ai, ai... se os convidados soubessem de como a higiene passou longe dali, ninguém comeria. Sem contar com a falta de glamour, talheres e copos manchados, pratos com pequenos quebradinhos, mas o suficiente para afetar a estética, guardanapos rasgadinhos, desfiadinhos e manchadinhos. Fomos vestidos de preto dos pés a cabeça. A galera da organização era americana, então só rolava inglês, bom, pra mim tanto faz, já me acostumei a me comunicar com mímica mesmo.
Os convidados só chegaram as 22hs, ficamos parados mais de duas horas. Não sei o porquê do atraso, mas naquela altura do campeonato tava valendo a pena, pois ganhávamos por hora e ficar parado era um bom negócio, afinal de contas o taxímetro foi ligado desde a hora que saímos de Raanana.
A noite chegou e a cena se transformou. O lugar ficou bonito, exótico, posso dizer até que glamuroso. O povo chegou, sentou e nós tínhamos que chegar nas mesas e oferecer "Mitz Agavaniot", traduzindo: suco de tomate. Fiquei meia hora antes decorando o nome do tal suco pra quando eu chegasse na mesa e me perguntássem do que se tratava aquilo eu falaria com segurança, em alto e bom som: MITZ AGAVANIOT. Dito isto, serviria e seguiria para a mesa seguinte. Mas as coisas não são tão simples assim, os convidados eram americanos, eles não entendiam bem o hebraico. Foi um tal de perguntar: Ma?, traduzindo: O que? E eu repetia lentamente M-I-T-Z A-G-A-V-A-N-I-O-T. E eles perguntavam, Soup? Traduzindo: Sopa? Respondo: Lo! Mitz! Juuuuuice porra!!!!!
Teve também gente pedindo coisas diversas, quando o diverso era coca-cola eu pegava, mas se me pedisse qualquer outra coisa eu me virava de costas e fingia que não era comigo, e o infeliz ficava gritando para a garçonete surda, slirrá, slirrááaaa!!! Eu corria e pedia ajuda a alguém. Mas fiz coisas sensacionais. Logo na chegada, uma senhora falou alguma coisa comigo, eu balancei bastante a cabeça, e pra fechar bem nosso entendimento ela perguntou, Eifo Sherutim?, traduzindo: Onde fica o banheiro? Apontei pro sherutim e ela seguiu feliz, deve ter me achado simpática, afinal resolvi o problema dela.
Por falar em banheiro, isto sim foi show! No meio do deserto levaram banheiros químicos, até aí tudo bem, mas o grande lance é que tinha ar condicionado dentro da "casinha", tinha DVD, era perfumadinho, limpinho, nota 10!
Valeu super a pena, não só pelo dinheirinho, mas pela experiência, pela diversão.
Dia 5 comemoramos 2 meses de Israel!

Kiss! Lehitraot!

sábado, 28 de junho de 2008

Viva a tecnologia!



Quando eu era pequena gostava de ver "Os Jetsons". Era um desenho animado de uma família que vivia no futuro. Os carros voavam, a empregada doméstica era um robô. Tirando os exageros, eu adorava todas aquelas projeções futurísticas. O mais legal era o telefone deles. Tocava o telefone e quando atendiam aparecia uma tela e podia-se conversar vendo a pessoa do outro lado da linha. Eu ficava pensando em como seria legal ter um telefone destes, a única coisa chata era ter que estar arrumada em casa, pois não conseguia imaginar atender o telefone e o indivíduo do outro lado me ver toda descabelada, desajeitada...etc.
Eis que o futuro chegou, e muito rápido diga-se de passagem! Dia 21 de junho foi o niver do meu paizinho!!! E o incrível é que a muitos quilômetros de distância a tecnologia me permitiu participar da festa! Graças ao skype cantamos parabéns juntos, sorrimos e visualizamos os sorrisos recíprocos. Eles cortaram um pedaço do bolo do lado de lá e nós cortamos do lado de cá! Uau! É incrível perceber como o mundo ficou pequeno!
Demorei a postar no blog, mas ainda está em tempo de desejar um feliz aniversário para o meu pai, afinal o ano está apenas começando e o que desejo a ele é o que desejo pra vida toda, ser feliz! Te amo pai!

Kiss! Lehitraot!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Viajar é preciso?

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

Li essa frase e achei muito verdadeira, mas pra complementar com o que acredito, penso que se pode viajar sim, por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Nem todos tem a possibilidade de pôr o pé na estrada literalmente e nem sempre quem os põe está com a mente e o coração aberto pra perceber, entender, assimilar e trazer pra si todo o aprendizado que se tem quando vivenciamos um novo lugar, uma nova cultura, um novo povo. Porque é preciso vivenciar e não simplesmente passar. Acredito que se o indivíduo estiver isento de conceitos e pré conceitos, estiver aberto a novos conhecimentos, e não acreditar em tudo que se é dito sem questionar, este pode sim viajar e crescer muito como ser humano ao descortinar um novo povo, um novo país, uma nova cultura através de informações, seja de livros, TV ou de histórias vividas por uma outra pessoa. Se cresce pelo que se vive, mas se cresce também quando estamos abertos a receber as novidades que o outro nos trás, quando se tem um olhar alargado para o conhecimento do outro, aberto a novas experiências culturais e para o respeito à diferença. Eu estou aprendendo muito e acredito que muitos também estão, e digo isso sem falsa modéstia!


Kiss! Lehitraot!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Shavuot ou festa da colheita.

Hoje teve festa de Shavuot aqui no Merkaz Klitá. Música, dança e muita comida a base láctea, frutas e verduras. Hoje também comemoramos um mês de Israel, mas não parece... aqui o tempo passa diferente. Tenho a sensação que estamos há mais tempo. A única explicação que tenho, é que vivemos este mês intensamente. Aproveitamos cada momento e fizemos tudo que nos deixava feliz. Acho que esta é uma das receitas da felicidade, viver os momentos intensamente, não planejar muito, nem deixar pra depois achando que o melhor momento ainda virá. Taí, tenho a impressão que estamos vivendo bem próximo do que se pode chamar de sabedoria!

Kiss! Lehitraot!

Mensagem do dia!


Se faltar calor a gente esquenta!
Se ficar pequeno, a gente aumenta!
E se não for possível, a gente tenta!

Kiss! Lehitraot!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Savlanut!

Sábado foi dia de praia! Pegamos nossa bike e seguimos a caminho do mar. Preparamos o lanchinho, aqui não é feio levar comidinhas pra praia, muita água pra segurar o calor e muita disposição! Só esquecemos de alguns detalhes como por exemplo, que não temos mais 20 anos e digamos que estamos acima do peso. A ida sempre é mais fácil, mas pra eu não desperdiçar minhas forças logo de primeira, eu lembrava que tinha que voltar e da mesma forma que estava indo, ou seja, pedalando. Levamos uma hora e meia entre subidas e descidas e calor, muito calor! Quem disse que aqui não se sua, não deve ter andando de bicicleta . Mas a recompensa valeu por tudo. O mar estava delicioso. Tudo na medida certa! Ondas pequenas, mar limpíssimo, temperatura agradabilíssima, e a cor da água era a perfeição! A praia era bem interessante também no quesito tipos físicos humanos e suas vestimentas. Os biquinis são maiores que os nossos, mas não achei tão grandes. Me olharam muito e meu biquini nem é tão pequeno assim. Isso me deixou bem incomodada, mas depois me disseram que é assim mesmo. As meninas aqui assumem o cabelo que Deus lhes deu! Nada de chapinha ou alisamento. É tudo desgrenhado, encaracolado, encorpado, volumoso e lindo! Também tem o estilo curtinho feito o meu. Ficamos perto de um bar todo estiloso. Parece com os quiosques do Rio, só que as cadeiras tem almofadas e o clima é lounge. O som foi um detalhe a parte, nada de axé, "onda, olha a onda, onda, onda!!!"... Música trance, gostosa, na altura que dava pra escutar o mar. Nada de vendedores ambulantes, mas esta constatação não é algo elogioso, mas sim algo com um "que" de saudade. Faltou o, "olha o picolé do chinaaaaa!!!", "Olha o mate geladoooo!!!", "Biscoito Globo, quem vai querer????"... Ganha - se de um lado, perde-se do outro, e assim é a vida!

Ontem fomos a Jerusalém. Confesso que era um dos lugares que eu mais guardava expectativa. Mas devido a problemas logísticos, ou seja, má organização somado a visita do primeiro ministro a Jerusalém, ficamos a maior parte do tempo esperando. Não consegui conhecer realmente Jerusalém, mas o pouco que vi muito me encantou! Fomos no Kotel. Pra minha surpresa é menor do que eu imaginava. Cheguei perto do muro, pelo lado das mulheres. Passei vergonha logo na entrada, pois estava de vestido, destampado em cima. Ao entrar, tinha umas mulheres que falaram comigo,ou melhor, gritaram. Eu e o hebraico ainda não nos damos bem, então tive logo um pensamento bem brasileiro, de que as mulheres queriam me pedir dinheiro, queriam me vender alguma coisa. Me apressei a dizer lo, lo, lo... que é não em hebraico, mas elas continuaram em cima de mim e cada vez mais exaltadas, até que uma delas jogou um pano nos meus ombros que me cobriu. Só então entendi que eu não podia chegar perto do muro vestida daquele jeito. Mesmo assim, ainda fiquei pensando se eu não teria que pagar por aquele pano e fiquei olhando ao redor pra ver se elas não tinham me enganado. Mas eu não fui enganada, mas sim estava enganada, e ainda devo me enganar muito por aqui. Savlanut, ou seja, paciência! Esta é a palavra que mais ouvimos desde que chegamos. Dia 17 voltaremos em Jerusalém e certamente será bem melhor!



Kiss! Lehitraot!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Coisas estranhas parte II

Voltemos ao tópico coisas estranhas em Israel:
Aqui não existe uma organização numérica. Explico: Moro no apartamento 220, porém ele se situa no quarto andar. Existem prédios que os apartamentos são numerados a partir do número 1, o vizinho é o número 2, o outro é o número 3 e assim vai até o último andar. Mas como saber o andar quando a pessoa te convida pra ir na sua casa e fala que mora no apartamento 5? Se for dois apartamentos por andar o indivíduo mora no terceiro. Se for cinco por andar é no primeiro. Entendem? Nem eu!
E não acaba por aí o problema com números, desta vez é em relação aos horários. Banco, plano de saúde, instituições públicas, lojas e serviços em gerais tem horários próprios. Tem banco que abre às oito da manhã em um dia, no outro é às nove, um dia fecha às quatro, outro às cinco. Não tem explicação. É assim e ponto! Um dia precisávamos comprar um material elétrico, rodamos a cidade inteira, tudo funcionando, menos as lojas de eletrônica, resolvemos perguntar e nos falaram que terça - feira esse tipo de loja não abre. Loucura, loucura, loucura!! E isso não é só em Raanana, é um sistema instituído no país todo, vai entender...
Aqui também não existe tanque de lavar roupa, só máquina, e a coisa mais comum é ver varal com roupas, pendurado do lado de fora da janela, mesmo em prédios classe A.
Sábado não existe condução pública. No Shabat todos respeitam o dia do descanso, mas se você não quiser descansar é melhor arrumar um carro, carro este que provavelmente, como todos os outros não vai sentir nem o cheiro de água. Sim, ninguém lava carro aqui.
E assim é, não se discute.

Kiss! Lehitraot!

sábado, 24 de maio de 2008

Fora do ar

Estou afastada do blog por problemas técnicos. A sala de computador aqui do Mercaz Klitá ficou fechada, logo nos fechamos para o mundo também. Mas, estamos providenciando nossa banda larga, e tão logo isso aconteça prometo não abandonar o blog.
As novidades são tantas que não cabem aqui, mas resumidamente lhes conto o que andou a se passar em nossas vidas nesses últimos dias que ficamos desconectados do mundo.
Em ordem cronológica, estivemos em Tel Aviv participando de uma festa de Brit Milá. O lugar foi fabuloso, num bar a beira mar, cujo mar era o mediterrâneo. O clima era lounge, descontraído, pessoas interessantes, comidas idem e decoração maravilhosa, afinal o mar mediterrâneo estava lá, na nossa frente, soprando bons ventos. Léo reencontrou seus amigos de longa data, e isso deixou o ambiente familiar, com velhas recordações, papos de aventuras antigas e a percepção do envelhecimento e mudanças físicas do amigo que não se via a muitos anos, sim do amigo, afinal nós nunca envelhecemos, nosso espelho só funciona para o outro que se olha. Estive em Tel Aviv, mas não a conheci. Só vi o mar e corri pelas ruas até chegar nele. Eu esperava mais da cidade, mas não fiquei decepcionada.
Passeamos também em Askhelom, cidade do nosso amigo Jacques. Passamos o dia por lá. Vimos a praia de lá. Bonita, mas estranha se comparada as nossas. Não por uma questão geográfica, afinal praia é praia em todo o mundo, acho que é a energia brasileira, que transcende qualquer explicação.
Fomos em Ein Hod onde assistimos um show de música clássica a céu aberto.
E por fim o passeio mais emocionante foi o de Massada. Estive nas ruínas do palácio do rei Herodes e vi o mais lindo nascer do sol em meio ao nada, ou seria ao tudo, pois a grandiosidade daquelas montanhas de areia do deserto da Judéia, era a arte de Deus escancarada na nossa frente.
Um dia antes estivemos na arena em frente a montanha onde fica a fortaleza de Massada, teve um show de luzes onde foi contada a história desta fortaleza. Dormimos num acampamento de beduínos, povo nômade que habita o deserto. Acordamos as 4 da manhã e subimos Massada. De tarde fomos em Ein Ged, tomamos banho de cachoeira e depois direto ao Mar Morto. Lindo e muito, mas muito salgado. O mar tem 33% de sal e por isso não há como mergulhar, você bóia mesmo que não queira. A cor é linda! É um azul turquesa com bordas brancas de sal. A paisagem também se completa com os banhistas um tanto quanto estranhos e mulheres vestidas de preto até a alma tentando sentir o prazer de se molhar em público. Mulheres que não se mostram e por isso mesmo ficam em evidência.
Voltamos exaustos, mas com a alma muitíssimo lavada. A noite teve fogueira em um Kibutz onde mora um amigo do Léo. Novamente reencontro com outros velhos companheiros de infância.
Também nesse tempo de desconexão, compramos bicicletas ou ofanai, como se diz por aqui, comecei as aulas com uma turma bastante eclética. Minha turma é uma torre de babel perfeita. Tem gente da Ucrânia, Romênia, França, Turquia, Japão, Africa do Sul, Vietnã, Eslováquia e dois brasileiros. Ou eu falo hebraico ou eu falo inglês, não tenho escolha.
Bom, devo ter perdido algum detalhe, afinal já se passou muito tempo desde a última postagem. Mas se é detalhe não precisa estar aqui.

Kiss! Lehitraot!

sábado, 10 de maio de 2008

Lavar roupa todo dia...

Hoje foi dia de lavar roupa. Aqui o sábado é como se fosse o domingo no Brasil, a maioria das pessoas tiram o dia pra descansar e nós aproveitamos que a lavanderia estava vazia pra pôr as roupas em dia.
Não podia deixar de contar essa experiência maravilhosa! Bem, pra começo de conversa temos um card que recarregamos com skalins, que é a moeda daqui, e temos que inserí - lo na máquina pra que se possa efetuar a lavagem. O tempo varia de acordo com o tipo de programa, exemplo: roupas coloridas, roupas finas, roupas pesadas, etc. Mas o lance aqui é colocar sempre na programação de número 2, não sei porque, mas foi o que uma cubana nos ensinou e assim foi feito. Durou mais ou menos 30 minutos. Feito isso, chegou a hora de secar a roupa! Temos que inserir o card novamente na secadora e esperar mais uns 40 minutos.
Quando fomos tirar a roupa da secadora percebemos que algumas roupas não haviam secado, então reprogramamos a máquina pra secar por mais um tempo. Tinha uma francesa aguardando, quando ela viu que usaríamos novamente a máquina, pude ter contato pela primeira vez com a "delicadeza" européia.
Por fim, chegou a hora de dobrar e guardar as nossas roupinhas. Sim, nossas roupinhas!!! Após a secagem algumas roupas encolheram e ganhei um mini vestido e Léo uma baby look! Viva a modernidade!

Kiss! Lehitraot!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Coisas estranhas parte I

Bem, vou começar o tópico de coisas estranhas em Israel com a multa a pedestres. Pois é, aqui pedestre toma multa! Se atravessarmos o sinal vermelho e tiver um guarda vendo, ele pedirá nossa identidade (Teuda Zeut) e nos multará. O mais engraçado é que funciona. Todos atravessam na faixa e no sinal verde. Não tem essa de sair correndo pela avenida pra economizar caminho. Temos que ir até a faixa de pedestre, mesmo que esta esteja a alguns metros adiante do ponto que desejamos ir.

O mais incrível é que eu estou a três dias em Israel e não consigo mais atravessar fora da faixa, nem atravessar com o sinal vermelho, mesmo que não esteja vindo carro.
Já me percebi parada na calçada, com a pista vazia, nada de veículos trafegando e eu esperando tranqüilamente o sinal ficar verde... Estranho, muito estranho!

Kiss! Lehitraot!

Enfim chegamos!!!

Chegamos bem! A cidade é linda! Me sinto em casa. Já fizemos compras no supermercado e na loja de apetrechos para casa. O quarto é simples, mas é confortável. Até agora todos foram muitos simpáticos.

O ar é bem seco, cheguei com rinite por causa das horas no aeroporto e avião. Em Paris foi tudo muito rápido. Por falha do piloto vimos a torre Eifel e o rio Sena. Pois é, o piloto teve que arremeter e nos proporcionou um passeio pelo alto de Paris, que é linda, mas o Rio é mais bonito, modéstia à parte. Por falar em Paris, bebemos uma água de 300ml que nos custou 9 reais, mas a sede era grande, não pensei duas vezes, o problema é que quando fui ao banheiro vi que tinha um bebedouro fantástico... Oh my God!! Meus euros foram por água abaixo literalmente.

As aulas ainda não começaram, talvez semana que vem. A cidade está em festa, é o dia da independência. Muitas nacionalidades diferentes num mesmo canto, isso é incrível! Muitos brasileiros também! Já abrimos conta no banco e fizemos o plano de saúde. De vez enquando encontramos um brasileiro pela rua, já vimos que temos que ter cuidado com o que falamos, tem brasileiro na fila do supermercado, no elevador, no banco, chega a ser engraçado.

Ainda nao conseguimos conhecer a cidade toda, sei que tem praias lindíssimas, mas estamos ainda nos adaptando ao fuso e ao cansaço, fizemos muita coisa no primeiro dia, ficamos exaustos! Os contatos ainda estão limitados pois não instalamos a net no nosso apartamento, breve estaremos conversando via skype. Estou usando a sala de computador do centro de absorção, aqui parece uma universidade, me sinto como estivesse voltado para a faculdade.

Por enquanto está tudo muito divertido! Ra'anana é linda, tranqüila e tem feito dias maravilhosos!
Estou muito feliz, encantada com tudo que estou vendo e conhecendo.

Léo esta fazendo sucesso! Conversa em hebraico e ainda faz piada... Fala inglês e dá aula de computador em espanhol. Eu tô devagar mas ainda chego lá! Pareço papagaio de pirata, às vezes me da aflição quando todos falam em hebraico e eu fico no meio sem entender nada, mas minha hora vai chegar!

Chegamos agora da festa do Yom Hatzmaut, dia da independência de Israel. Muitos idiomas misturados num mesmo espaço, numa mesma confraternização. Amanhã iremos a Tel Aviv e a festa continua!

Kiss! Lehitraot!

sábado, 3 de maio de 2008

Apenas um dia.

Hoje despedi do meu quarto, despedi um pouco também da vida que tive, dos sonhos, planos e conquistas vivenciados ali. Fechou o ciclo e isso dói, mas dói gostoso, se é que isso é possível. Não é uma dor de ferida, coisa aberta ou mal acabada, é uma dor de conclusão, dor de vida que passa e dá início a uma nova etapa... sabe quando sentimos que a vida tá andando? Sim! É isso! Dor de sentir que a vida passa... e rápido! Por isso que dói gostoso, porque a vida tá passando e eu tô escrevendo a minha história. E cá entre nós, escrevo com letra maiúscula!

Falta apenas um dia!

Kiss! Lehitraot!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Tum, tum... Tum, tum...!!!

Ufa! Coração apertado!!!
Faltam 2 dias!



Kiss! Lehitraot!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Omnia Mea Mecum Porto

Levo comigo tudo o que tenho. Em latim: Omnia mea mecum porto.

Os exércitos de Ciro planejavam invadir Priene, na Grécia. Todos os cidadãos de Priene começaram a juntar seus bens para fugir da cidade. Menos Bias, um dos sete sábios da Grécia.
Quando perguntaram a ele porque não estava juntando seus bens, ele respondeu: “Omnia mecum porto” que em latim quer dizer: “Tudo o que tenho (de valor) carrego comigo”.
O que Bias quis dizer é que o conhecimento e a sabedoria são os únicos bens que realmente têm valor para um ser humano.

Minha vida está em duas malas... o restante eu carrego na alma!
Faltam 3 dias!

Kiss! Lehitraot!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Esvaziando o armário e enchendo as malas.


Meu armário está praticamente vazio e as malas já ganharam forma. É um momento de catarse, de limpeza e sobretudo de passar em cheque a vida. A cada roupa descartada ou devidamente posta na mala se torna um processo terapêutico, de reviver momentos, descartar o passado, jogar fora coisas que eu nem me lembrava mais ou escolher o que vale a pena ainda manter, e sempre vem a dúvida: O que é completamente indispensável?

Sinto como se eu guardasse meus sonhos, planos, medos, ansiedade, expectativa, tudo bem dobradinho, apertadinho, pra eu rearrumar em breve em outro lugar.

Neste processo concluo que a carga emocional é bem mais difícil de organizar, carregar e rearrumar...

Faltam 10 dias!

Kiss! Lehitraot!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Homenagem Póstuma

Meu cãozinho se foi antes de eu partir. Momentos difíceis, intensos e tristes. Não acostumo com o “The end”, não sei se é pra a gente se acostumar. Muitos vão achar ridícula essa homenagem, mas não me importo, pois sentir carinho e ser acarinhada por um cão é um privilégio. Passou. O amor ficou. As lembranças serão eternas.




Kiss! Lehitraot!

sábado, 29 de março de 2008

Lições de Vida

Ganhei a cópia desse vídeo no domingo. Achei tão tocante que quero dividir com todos!



Kiss! Lehitraot!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Domingo bem legal!

Dia 23 de março, não foi só domingo de Páscoa, foi o nosso almoço de despedida. Festa pra quem faz não é boa. Não paramos nem um minuto. Momentos antes dos convidados chegarem estávamos providenciando os últimos acertos. Eu estava tão na adrenalina que tudo desse certo, que as pessoas se sentissem bem, que não aproveitei o momento na sua plenitude. Acho que não conseguia me dar conta que algumas pessoas que estavam ali eu não veria mais, pelo menos por um bom tempo. Senti ao final de tudo que faltou um abraço mais apertado de minha parte. Talvez seja bobagem, mas relato o que sinto.
Alguém já disse que não adianta olharmos pra trás, e isso é a verdade mais simples e certa que existe, portanto, acho que de todo, o saldo foi positivo: Comidinhas gostosas, modéstia a parte, amigos e familiares ao nosso lado, palavras carinhosas proferidas em diversos momentos e por distintas pessoas...
Deixo aqui registrado, se é que as palavras escritas possam ter um pouco mais de significado ou valor, o nosso agradecimento sincero.

Kiss! Lehitraot!

sábado, 15 de março de 2008

Bodas de Algodão!

Sim, sim, sim... é hoje o dia da alegria, das nossas bodas.
Um ano atrás dissemos sim, diante o juiz, só proformas, pois o sim da nossa união já tinha sido dado no dia a dia, na parceria, no companheirismo, no amor que foi construído a cada dia, sem pressa ou sofreguidão. Descobri o amor, a vontade de estar perto, de querer sempre o bem pra ele e para nós, desejo de crescer e dividir o mundo com o meu amor, com o nosso amor.
Uma ótima receita de saúde é amar, mas a cura pra todos os males é se sentir amada, querida. Me sinto curada!
Parabéns pra nós Léozinho...
Estamos só começando!

Kiss! Lehitraot!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Contagem Regressiva

Bueno, estamos quase lá. A novidade é que adiamos a data da partida para o mês de maio, mais precisamente dia 4. Nada de mais, é que resolvemos chegar com festa, com direito a recepção do chefe da nação e tudo mais que temos direito. Pois é, chegaremos na data em que Israel faz 60 anos e seremos recebidos pelo presidente. Por um lado isso também pode ser um fator um tanto quanto tenso, afinal é uma ótima data também para atentados terroristas, mas isso é um detalhe...
Esses últimos dias foram de férias. Fomos pra Serra Gaúcha e Buenos, não tão Buenos Aires assim. Explico: Buenos Aires é uma cidade de terceiro mundo e como tal está abandonada, uma pena, pois assim como o Rio de Janeiro tem nos seus prédios e monumentos uma riqueza história fantástica.Foram dias maravilhosos e muito divertidos!

Kiss! Lehitraot!

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Convite aos amigos

Passamos o sábado de carnaval preparando um convite super especial para vocês! Lógico que o responsável foi Léo, eu fui só assistente de imagens. Ficou lindo, deu aperto no coração, felicidade, tudo misturado, mas o que prevaleceu foi uma vontade imensa da hora chegar!Preparados? Então apertem o play e se emocionem comigo!



Kiss! Lehitraot!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Primeiro de Abril

Já tá marcado! Primeiro de abril partiremos! Fomos na agência judaica e marcamos a data.
Sabe quando você encontra um futuro papai e dá os parabéns pelo filho que vai chegar e ele fala: A ficha ainda não caiu? Pois é, é assim que tô me sentindo, um "pai grávido". Abril já tá aí e pra minha surpresa está tudo sob controle, tô calma, parece que vou "ali". Muito estranho... essa não sou eu. Enfim, melhor assim! Quando o "bebê" nascer vou ter que encarar a nova vida!

ERRATA: Léo lendo o meu post da aula de hebraico teceu o seguinte comentário: Pelo que eu saiba, Mac Donald's em todo o mundo tem apóstrofe.
Então minha gente, aquilo que eu falei que era a letra yud, "i", é uma apóstrofe. Tem que rir. Um alfabeto em que você pode confundir uma apóstrofe com uma letra não pode ser de uma língua simples. Só eu pra falar Mc DonaldIs...
Mas com o tempo prometo que vou melhorar. Eu bem que me esforço...

Kiss! Lehitraot!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Aula de Hebraico grátis!


Geeeeeente!!! Descobri uma foto da loja de fast-food Mc Donal's, em Israel!
E o legal é que o "M" tá lá estampado como em qualquer lugar do mundo, mas o nome está escrito em hebraico. E mais legal ainda é que eu consigo ler!

Vamos lá, vou ensinar um pouquinho de hebraico... (metiiiiiiiiiiida!!!)

Acompanhem da direita para esquerda, pois é assim que se lê hebraico.

A primeira letra é Mem, som de M.

A segunda é Kof ou kuf, som de K.

A terceira é Dalet, som de D.

A quarta é Vav que é base para a vogal o, então o som é de O.

A quinta é Num, som de N.

A sexta é lamed, som de L.

A sétima é Dalet novamente, som de D.

A oitava é aquele risquinho que parece uma apóstrofe, mas é a letra yud, som de I.

E por fim temos o samech, som de S.

Então agora é só juntar as letrinhas... M+K+D+O+N+L+D+I+S.

Viram? Facinho!

Há! Esqueci de um detalhezinho, as vogais existem só nos livros, no dia a dia vc tem que supor, por exemplo, que entre o N e o L tem a vogal A, as vogais O, U e I sempre aparecem, aí já facilita muito, né?!

Estão querendo moleza? Vão aprender chinês...


Kiss! Lehitraot!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Teoria do Playmobil


NADA DO QUE POSSA ACONTECER VAI TIRAR ESSE SORRISO DO MEU ROSTO!




Adorei esta teoria... Vou adotá-la por toda minha vida!


Kiss! Lehitraot!