terça-feira, 30 de setembro de 2008

Feliz 5769!


A festa do Rosh Hashaná (que significa "cabeça do ano") começou no pôr-do-sol de segunda-feira, dia 29, e a passagem para o ano 5769 dá-se quando se avistar a primeira estrela no céu, já que a meia- noite não tem significado para os judeus.
A festa, que se prolonga até ao pôr-do-sol de quarta-feira, dia primeiro de outubro, começa com uma bênção acompanhada de pão, vinho e fatias de maçã molhadas em mel, para pedir a Deus um ano doce.

Na diáspora, a celebração do ano novo dura dois dias para que haja a garantia de que coincide com a data da festividade em Israel, porque, ao contrário do cristão, o calendário judaico é regido pela Lua.
O jantar de ano novo inclui a degustação de comida tradicional, como peixe gefilte fish (bolinhas de peixe), paté de fígado de galinha e de arenque e challah (pão branco redondo).

Um dos costumes ligados a esta celebração, em que são lidas algumas passagens da Bíblia Hebraica (Torah), é o toque de shofar, instrumento de sopro também utilizado em utras celebrações religiosas. Dez dias após a celebração do novo ano, acontece outra importante festividade judaica - o Yom Kipur (dia do perdão) no qual se costuma fazer jejum. "A única coisa que pode passar pelos lábios são rezas", dizem os religiosos.

Ontem jantamos na casa de brasileiros que moram em Raanana, seguimos o ritual de molhar pedacinhos de maçã no mel, acho que teremos um ano bem doce...

Kiss! Lehitraot!

domingo, 28 de setembro de 2008

Shana Tová!



Estamos em pleno clima de festa de Ano Novo judaico!
Shana Tová! Shalom!

Kiss! Lehitraot!

sábado, 27 de setembro de 2008

Mensagem para um dia chuvoso



Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.
Tendo consciência de que, cada homem foi feito, para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.

Nizan Guanaes

Kiss! Lehitraot!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Chove chuva, chove sem parar... please!


Hoje, próximo de completarmos 5 meses em Israel, caiu a primeira chuvinha!
Parece milagre!
Acho que é um bom sinal para o novo ano. Acho que são bençãos!
Ahhhhhhhhhh... cheirinho de terra molhada pela chuva não tem preço.
Que venham as bençãos!

Kiss! Lehitraot!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Não nascemos prontos!

Hoje não quero escrever nada, não quero dizer nada. O texto abaixo fala por mim.

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.
Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a idéia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, emagrecer etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na idéia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando...
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente.
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”...

Mário Sérgio Cortella

Do livro Não nascemos prontos! – provocações filosóficas. Petrópolis,RJ: Vozes, 2006


Kiss! Lehitraot!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Voltamos a terrinha!

Estamos de volta! Sinto que preciso de mais uma semana de folga pra descansar das andanças.
Bem, farei um resumão do que foram esses 8 dias de viagem.
Andamos e muito! Posso afirmar que aproveitamos todos minutos que tínhamos.
Saímos de Israel ainda de madrugada, chegando pela manhã na Croácia. São 3h de vôo, e ainda contamos com a vantagem do fuso horário ser de menos 1 hora lá. Aportamos na belíssima Dubrovnik. Gratíssima surpresa! Cidade agradável e com o mar Adriático resplandecente! A moeda local (kuna), está equivalendo 1 real para 3 kunas, ou seja, estávamos com uma certa vantagem financeira, tanto que caímos na besteira de comprar duas lindíssimas colchas para cama, duas toalhas e quatro pares de tênis. Digo besteira pois estávamos apenas no início da viagem e toda essa bagagem extra nos acompanhou o restante dos dias que se seguiram.
Em Dubrovnik. Passeamos pela cidade velha que é circundada por uma muralha medieval, mergulhamos no Adriático em duas praias, uma delas se chamava Copacabana, lógico que tínhamos que ir conferir, mas nada parecido com a Copa carioca. Nas praias de Dubrovnik não existe areia, só pedras e pedrinhas branquinhas, por isso a aquisição dos tênis, eles são específicos para este tipo de praia.

Depois pegamos um ônibus direto pra Trieste, Itália. De lá seguimos de trem pra Veneza, dormimos duas noites lá, passeamos pelas ilhotas de Murano, onde fabricam esculturas e objetos de decoração de vidro e Burano, onde as casas são todas coloridinhas e fabricam toalhas e paninhos bordados, vale a pena, maravilhosas!

Depois fomos pra Florença, ficamos duas noites também. De lá fizemos Pisa, onde fica a torre... rs! E Lucca, maravilhosa! A cidade é rodeada por uma muralha medieval, é uma cidadezinha, mas super movimentada, cheia de lojas estilosas. Passeamos também por Florença, visitamos os principais museus, amei o David de Michelangelo e outras esculturas, principalmente as inacabadas. Mas a cidade de Florença está bem suja e cheia de camelôs, isso não me causou uma boa impressão. Tem muito marroquino, árabe, angolanos e travecos brasileiros.A gente chegou em Florença anoitecendo, e a cidade tem um clima fechado, prédios escuros, construção pesada de anos e anos atrás.

Por fim, passamos uma noite em Verona, ahhhhhhhhhh Verona!!!! Amei!!!! Linda, linda, linda!!! Vimos o anfiteatro romano, o castel vecchio, a casa de Julieta, com direito a subir na sacada e o coliseu, que me decepcionou um pouco, pois como está em perfeito funcionamento, tem shows e eventos em geral, está com muita intervenção dos dias atuais, como cadeiras nos locais onde não existe mais a arquibancada original, o que tirou um pouco da singularidade do local. A capacidade é pra 20 mil pessoas.

A Europa está muito quente e como esses passeios são praticamente todos feitos a pé, cansa muito. Também está tudo muito lotado, muito turista... O que nos informaram é que o melhor período é em final de setembro, começo de outubro, pois já está refrescando e não está tão lotado. Não pega o frio intenso, nem o calor. O meio termo sempre é melhor.

Detalhes interessantes:
Tanto na Croácia quanto na Itália, pode-se beber água a vontade nas várias fontes espalhadas pela cidade, todas potáveis.
Ir no verão é ter a certeza de ter que conviver com o mau cheiro do povo. Europeu não gosta de banho e a inhaca é forte!
Nota zero pra educação e gentileza na Europa.
A verdadeira pizza marguerita não tem rodelas de tomate nem manjericão.
A melhor pizza não está na Itália, mas sim no Brasil.
Serviço público e ser humano é igual em qualquer lugar do mundo.
Por fim, presenciamos uma cena surreal em um trem, indo de Florença pra Pisa. Um pedinte, parecia marroquinho, passando de cadeira em cadeira, deixou um bilhetinho em que dizia que não tinha trabalho, etc. Detalhe especial é que o texto estava escrito de um lado em Italiano e do outro em inglês! Isso sim é primeiro mundo!

Kiss! Lehitraot!