segunda-feira, 25 de maio de 2009

Histórias de Além Mar!

Voltamos da nossa viagem além mar e estamos frenéticos na organização da viagem para o Brasil.
Resumão da ópera! Chegamos em Madrid virados, pois saímos de madrugada daqui de Israel. Fizemos um lado de Madrid e terminamos esgotados! Começamos pela Puerta del sol, e seguimos andando até Plaza de Mayo, Catedral de La Almudena, Palácio Real, Plaza de Las Descalzas, onde finalizamos o dia. No dia seguinte, mais Madrid. Fizemos a outra banda da cidade: Museu Reina Sofia, Parque del Retiro, plazas e mais plazas e finalizamos no museu Del Prado. Seguimos no dia seguinte para Portugal. Passeamos rapidamente pelo Porto e andamos pelas ruelas de Guimarães. Cidadezinha linda que conserva um belo castelo medieval e onde Portugal começou. Alugamos um carro e seguimos pelas estradas de Portugal. Me senti em casa. Acho que foi um preparatório para nosso retorno. Tão bom ouvir as pessoas falando nossa língua! Tão bom entender e ser entendida sem nenhuma dificuldade! Pelas estradas me sentia ora em Minas, ora no interior do Rio ou de São Paulo. A paisagem é muito similar. Chegamos em Évora. Parece com Paraty, sendo que Paraty é incomparavelmente superior a Évora. Pegamos a estrada e fomos parando em algumas cidades pequenas que não me recordo os nomes. Chegamos em Lisboa já anoitecendo, mas já deu pra sentir um clima meio baiano, sim, parecia que estávamos aportando em São Salvador. Pela manhã priorizamos alguns pontos, afinal seria apenas um dia para Lisboa. Fizemos o Castelo de São Jorge, andamos pelas ruas de ouro e de bronze, vimos o elevador feito pelo assistente de Eiffel, aquele que fez a torre mais famosa de Paris. Me lembrou o elevador Lacerda. Não era igual arquitetonicamente, mas a idéia de ligar uma parte alta da cidade com a cidade baixa, não tem como não comparar. Encontramos muitos brasileiros espalhados pela cidade, principalmente nos trabalhos de bares e restaurantes. Sempre ouvíamos o delicioso sotaque brasileiro. Lógico que não pôde faltar um maravilhoso prato de bacalhoada legitimamente portuguesa! Finalizamos nosso passeio em Lisboa na Torre de Belém. Seguimos viagem passando em Estoril e Cascais até chegarmos em Sintra! Maravilhosa Sintra! Gostaria muito de voltar, pois também tivemos pouco tempo e muita coisa ficou só no gostinho. Fomos no Castelo dos Mouros, um lindo castelo medieval, e no Palácio da Pena, onde morou a realeza portuguesa. Regressando, chegamos muito cedo na Espanha e nosso vôo de volta só seria às 22h, aproveitamos então mais um dia em Madrid. Fomos conhecer o templo de Debod, a Plaza de Espanha e nada mais conseguimos fazer, estávamos a pandarecos! Lógico que um pouco de loucura não podia faltar, trouxemos 3 litros de perfumes, e simplesmente não temos mais aonde enfiar nada! Nossas malas já extrapolaram todos os limites possíveis e imagináveis.
Agora seguimos no nosso processo de arrumação, de pôr novamente nossa vida em uma mala, ou seriam várias? Várias e pesadas malas! Nossa bagagem cresceu, assim como nós!

Kiss! Lehitraot

terça-feira, 5 de maio de 2009

Um ano! Já?!

Um ano! Hoje completamos um ano em Israel. Um ano longe do Brasil!
Parece que foi um intervalo entre a inspiração e expiração, ou então, um piscar de olhos. Seja qual for a analogia feita, fica aqui a sensação de que passou muito rápido!

Ontem o vento soprou forte! Quente, seco e arenoso! Era o deserto assobiando e nos dando tchau! A cidade ficou com um ar meio de faroeste. Com aqueles redemoinos de areia pelas ruas. As pessoas com feições cansadas e secas! 38 graus! Céu pálido e embaçado.

Em homenagem ao nosso aniversário de um ano, deixo um link com um tour virtual por Massada, que foi nosso primeiro tiul, passeio, em Israel. Maravilhoso!
http://mordagan.com/links/mezada/tourweaver_mezada.html

Seguimos nossa vida de viajantes! Seguimos além mar! Espanha e Portugal que nos aguarde!

Kiss! Lehitraot!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O charme do Leste Europeu e a sedutora Londres.

Estamos de volta! Vou tentar ser breve no meu relato destes 12 dias de viagem pelo Leste Europeu e pela Inglaterra. Saímos no dia 7 deste mês para um vôo pela madrugada. Chegamos em Londres e rapidamente fizemos a conexão para um vôo pela Easy Jet. O rápido período que ficamos no aeroporto Stanford deu pra sentir um pouquinho o clima londrino. Confesso que minha grande expectativa de viagem era Londres. Um silêncio no setor de embarque que me deixou um pouco constrangida. O salão estava lotado, e o povo não falava e se falava era em tom bem baixo. Achei estranho e desconfortável esta situação. A educação em excesso às vezes nos causa este desconforto.
Pois bem, aportamos em Praga, capital da Boêmia, pela manhã, e de cara nos defrontamos com a dificuldade que iria nos acompanhar por todo leste europeu: dificuldade de comunicação. O povo não fala inglês e quando fala, falam mal, pelo menos uma grande maioria. Mas este detalhe é a pimenta que falta para nosso divertimento, afinal Léo é multilíngue, explicando melhor: cara de pau mesmo! Conseguimos chegar ao hotel, que fica bem próximo do centro velho. Pelo caminho, aqueles grandes prédios, de atmosfera árida e cinzenta me causaram um certo mal estar. Parecia que estava rodeada de nazis. Mas esta sensação logo foi desfeita quando chegamos a grande praça da cidade velha. Olhei pro alto e vi um castelão, parecia que estava na Disney, era a igreja gótica da Virgem de Tyn, mais uns passos e nos deparamos com o grande e belo Relógio Astronômico. Muito turista flanando pelas ruas antigas de Praga. Voltamos logo, pois estávamos exaustos da noite mal dormida. No dia seguinte, fizemos um dia de cidadão praguense. Fomos ao shopping e a um grande supermercado chamado Tesco, que tem em toda Europa. Ficamos encantados com a variedade de embutidos, queijos, pastas, pães, e gente. É, gente! Pessoas locais são interessantíssimas. Povo feio mas "simpaticão", e um monte de idosos na parte dos embutidos e eu me perguntando como sobreviveram a tanta gordura embutida? Passeamos bastante de bonde, e como estávamos com passe livre, fomos de um canto ao outro sem nos preocuparmos em seguir os roteiros turísticos e com isso descobrimos Praga verdadeiramente. Fomos passear num parque, pois queríamos chegar até umas muralhas que víamos ao longe, subimos, subimos e chegamos numa universidade. Hora do almoço? Nem pestanejamos, vamos experimentar o rango estudantil. Posso afirmar que nenhum turista fez um programa destes. O mais interessante é que nos quiosques da universidade vendem cerveja, e por falar nisso, a melhor cerveja que bebemos em todo leste europeu, foi em Praga, Kozel, anotem aí. No último dia de Praga fomos a Catedral de São Vito, passeamos pela Ponte Carlos, andamos, andamos e andamos.

De trem fomos até a Áustria, na cidade de Vienna. Fiquei assustada com o tamanho. Não esperava por isto. Também não esperava encontrar tanta multiplicidade de gente. Fiquei procurando os loiros de olhos azuis, mas olhava pra um lado e via negros, olhava pra outro e via chineses, coreanos, mulheres árabes de burca, tudo muito interessante e surpreendente. Passeamos no dia seguinte pelos principais pontos turísticos. No segundo dia resolvemos ir para Bratislava, na Eslováquia. Foi ótimo! Bratislava é uma cidade pequena e muito bonita, vale a pena dar uma conferida. Uma das expectativas de Léo era quanto aquelas docerias lindas de Vienna, bom, isso só fez parte do imaginário dele, pois não encontramos nada parecido, e os doces não eram nada demais. O mais próximo deste imaginário, encontramos em Bratislava, no café Mayer, com doces e tortas variados e maravilhosos. Passamos o dia todo em Bratislava e retornamos à noite para Vienna.

De Vienna pegamos mais um trem que nos deixou na Hungria, na cidade do pai do Léo, Budapeste. Chegamos de tardezinha, e como alugamos um flat, aproveitamos pra lavar nossas roupas. Com isso, só saímos de noite pra comer e ver onde morou o pai do Léo, pois por coincidência, ficamos hospedados muito próximos da rua onde ele havia morado. No dia seguinte passeamos por uma cidadezinha próxima de Budapeste, Szentendre. Bonitinha, mas nada de mais. Pra se ter uma idéia, um dos principais pontos turísticos era o museu do marzipã. Mas vá lá, vale conferir pelas ruelas tranqüilas e clima pitoresco de cidade do interior de Minas Gerais. Na manhã seguinte, fizemos um passeio por toda Budapeste, lado Buda e lado Peste, num ônibus com um guia turístico. Entramos no parlamento e passeamos pelos principais pontos turísticos. Ficamos com uma ótima impressão da cidade. Povo simpático, e novamente foi por água abaixo aquela imagem dos loiros dos olhos azuis. Apesar do povo ser um pouco mais homogêneo que em Vienna, a raça ariana não reina por lá.

Agora tem um parágrafo à parte para a viagem com, ou sem emoção. Já faz parte do roteiro, Léo me perguntar se eu quero uma viagem com, ou sem, emoção. Lógico que feita esta pergunta, a resposta já está presumidamente dada. Vai ser com emoção! Todo o roteiro, em algum, ou alguns momentos, tem que ter uma batida mais forte de coração, e essa hora, do coração acelerado, chegou pra gente no momento que seguíamos para o aeroporto a fim de pegarmos o nosso vôo para Londres. Eu já estava num ritmo de pegar trem e seguir viagem, então fiquei tranquila, mas esse trem não era uma viagem, mas sim um transporte da cidade de Budapeste para o aeroporto. Enfim, lá pelas tantas, Léo me pergunta: Quantos Kms você acha que este trem está fazendo por hora?
Eu: Bem, creio que uns 100, 120 por hora. Léo começa a dar risada... Momentos de tensão. Sim, Léo deu esta risada é por que algo não vai bem.
Léo: A estação não ficava há uns 20 kms?
Eu: Crei que sim.
Léo: Já estamos há quase 1 hora neste trem, se a velocidade for de 100 km por hora, já era pra termos chegado, certo?
Eu: Mas você não falou que era para descermos na estação final?
Pânico!!!!!! Léo então fala com um outro passageiro, que por sorte falava inglês, e este nos diz que a estação do aeroporto já havia passado. Teríamos que saltar na próxima, que ficava há meia hora do ponto que estávamos e pegar outro trem de volta. Adrenalina correndo no sangue. Chegamos na tal próxima estação, cujo nome não me esquecerei: Cegléd. Era o verdadeiro fim do mundo. Aquele silêncio. Só os pássaros se manifestavam. Os últimos forints deram para pagar a viagem de volta. Conseguimos pegar o trem e chegamos a tempo para o nosso vôo para Londres. Agora me diga, precisava disso?

London, London! Apaixonei! Pegamos um dia de chuva, mas nada suficiente para atrapalhar. Os outros três dias fora de sol e frio. A chegada até o hotel foi um tanto quanto tensa, pois os trens e metrô paravam de funcionar meia-noite, chegamos às 22:30h. Foi um corre corre, mas apesar de imensa a malha ferroviária, esta é muito organizada. Também contamos com sorte e boa vontade de muitos ingleses. Esta boa impressão, ingleses simpáticos, atenciosos e de muita boa vontade, foi outro mito desfeito. Eu estava esperando pessoas frias e mal humoradas, mas me deparei com pessoas educadas e muito prestativas do começo ao fim da estada em Londres. Também a pluralidade do povo me surpreendeu.
Como no primeiro dia chovia muito, andamos um pouco pela região de Piccadilly Circus e resolvemos passear no clássico ônibus londrino de dois andares. Tínhamos o passe livre, e assim, seguimos sem rumo. Fomos parar na Camden Town Street, uma rua cheia de lojinhas com roupas moderninhas, cheia de punks e turistas também. Nesta mesma rua fica um grande centro de comércio, Stables Market, que tem desde comidas variadas até roupas novas e usadas. Muitos casacos de couro por até 10 libras, usados, claro. Adorei o clima do lugar, onde também fica um bar-boate-casa de show, super descolado. O Stables era um antigo estábulo de cavalos no ano de 1854, e agora, com a mesma estrutura, se tornou um ponto interessantíssimo para fazer parte do roteiro de quem vai a Londres.
Nos dias que se seguiram fizemos o típico passeio de turista: Tower Bridge, Tower of London, Sait Paul's Cathedral, Big Ben, London Eye, Westminster abbey, Buckingham Palace. Mas também vestimos a camisa de um bom londrino e seguimos caminhos fora do roteiro, e isto é a melhor parte: conhecer Londres como se fosse um londrino. Andamos, andamos e andamos, por ruas que não estão nos mapas turísticos.
Voltamos a terrinha no dia 19. E assim foi. Perfeito!

Kiss! Lehitraot!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Enfim, um passeio ecumênico

Conseguimos fazer nosso passeio ecumênico! Percorremos, em poucas horas e em poucos passos, pelos lugares santos da religião católica (Santo Sepulcro), pela religião judaica (Kotel) e a religião mulçumana (Mesquita de Omar). Digamos que cada lugar tem sua importância, beleza, e espiritualidade, e tudo junto faz de Jerusalém um lugar maravilhoso. É justo esta diversidade, essa mistura de credos, de seres humanos e por que não de loucuras, que faz de Jerusalém um lugar singular. Será que o mundo pode entender que é com as misturas, seja lá quais forem, que fazem do mundo um lugar mais interessante e melhor pra se viver? Vamos parar com essa história de pôr cada um no seu canto, vamos bagunçar tudo, no bom sentindo, vamos experimentar um pouquinho de cada sabor e buscar sensações novas! Tá aí, vou levantar a bandeira do todo mundo junto e misturado. Quem quer sacudir a bandeira junto comigo?

Mais uma novidade! Ah! Estou adorando esta história de aparecer por aqui e postar novidades! Vamos de novo ao velho mundo! Roteiro? Londres, Praga, Viena, Bratislava e Budapeste. Lógico que trarei novidades!

Kiss! Lehitraot!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Extra! Extra! Extra!!!

Ontem foi festa de Purim. As pessoas saíram às ruas, todas fantasiadas como é de costume. Parecida ao longe com o carnaval do Brasil, mas daqueles que não existem mais, com adultos e crianças fantasiados andando pelas ruas e praças, mas nada de samba nem marchinhas, simplesmente enfeitam-se e ficam flanando. Chega a ser engraçado ver um pai de família caretérrimo vestido de ursão, a mãe de fadinha e por aí vai. É uma festa nada profana, as meninas passam em bandos como em qualquer lugar do mundo, os meninos em outro bando, mas ninguém dá uma cantada mais ousada, ninguém assobia pra menina, nem mexe nos seus cabelos, somente trocas de olhares e tentativas de aproximação. É bem legal ver isto, pois parece que voltei a infância, nos carnavais do interior. Tem até desfile das escolas, com crianças com fantasias horrorosas e cara de tédio.
Mas agora vem a parte mais legal deste post! Tchan, tchan, tchaaaan!!! Compramos passagem para o Brasil! Eeeeeeba! Seguimos dia 31 de maio e não tem mais conversa!

Kiss! Lehitraot!

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Ponto final


Novamente peço ajuda a Guimarães Rosa, pois tem ocasiões que não dá pra pensar com coerência.

"Deus nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria. Depois, retoma coisas e pessoas para ver se já somos capazes da alegria sozinhos... Essa a alegria que ele quer."
Guimarães Rosa in: Corpo de Baile

Vai com Deus meu padrinho Rubem... infelizmente ainda não sou capaz da alegria sozinha.

Kiss! Lehitraot!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Meu caro Guimarães...

Eu queria escrever tanta coisa, mas sabem quando o "tanta coisa" não cabe na nossa cabeça? De um jeito que não consegue transbordar em palavras e fica ali só ocupando espaço? Pois é, assim estou eu. Mas, num desses encontros casuais, li Guimarães Rosa, que com suas palavras poéticas transbordadas tão perfeitamente, me senti ali, dona de cada letrinha ordenada por ele, que só em lê-las, esvaziaram a minha cabeça. Acho que era um pouco disso que eu estava sentindo e não conseguia pôr em palavras, mas vá lá, Guimarães Rosa é infinitamente o melhor e fez isso por mim. Obrigada Caro Guimarães!

"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem."

Kiss! Lehitraot!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Jacarandá

Hoje se comemora, aqui em Israel, o Ano Novo das Árvores (Tu Bishvát). Recebi da minha morá uma breve explicação sobre esta data, segue abaixo a cópia do email.

"Desde o início dos tempos, o homem sempre teve um vínculo forte com a natureza, tanto que Adam (Adão, em hebraico) vem de Adamá (terra). Esta semelhança não é à toa, pois os homens, assim como a terra, devem crescer e dar continuidade à vida no planeta. De modo assertivo, o judaísmo protege o meio ambiente e Tu Bishvát passou a ser, então, uma data para despertar no povo o interesse e a preocupação pelo planeta Terra.

Essa data se transformou num popular "Dia da Árvore Judaica" e ganhou uma série de costumes e tradições como, plantar mudas nas encostas dos morros, fazer passeios ecológicos por trilhas e florestas, realizar um Seder tomando 4 cálices de vinho de colorações diferentes e a realizar refeições caracterizadas pelo consumo de frutas e frutos da Terra de Israel.

Podemos encontrar inúmeras citações a respeito da relação homem/ natureza na Torá, no Talmud e nos dizeres de nossos sábios.

Assim escreveu Rabi Yoná , da cidade de Verona, Espanha:

"A firmeza da árvore não está nas suas folhas, galhos e frutas bonitas, mas sim nas suas raízes que estão guardadas onde os ventos e as tempestades não as atingem; e apesar de a árvore balançar, ela não se move do lugar. A mesma coisa se dá com o ser humano: todo o tempo em que está agarrado a suas raízes nenhuma tempestade ou furacão o arrancam do lugar. Ao contrário, revigoram-no" ".

Esses dias, antes mesmo de saber deste feriado, pois é, não é porque estou em Israel que sei os dias e os significados de todas as comemorações judaicas, estava pensando em escrever algo sobre árvores e raízes. Tudo porque quando resolvemos vir de mala e cuia pra Israel, resolvi fazer parte de uma comunidade no orkut cujo nome é: Não sou Árvore para ter Raiz. Lá estão pessoas que dizem não ter medo de mudar, e na época me senti fazendo parte deste grupo de pessoas, afinal estava mudando, e muito, a minha vida. Enfim, agora, depois de 9 meses, o bebê nasceu, e me dei conta que sou sim uma árvore, e daquelas bem grandes, frondosas, de raízes profundas, tal qual um Jacarandá! Pois é, sou um Jacarandazão! E como é difícil ter raízes grandes e profundas quando se está longe da terra que as abrigava.

Kiss! Lehitraot!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Guerra e Paz

Antes que pensem que falarei de Tolstói, me antecipo na explicação. Estamos vivendo, aqui em Israel, um período difícil. Após 8 anos sucessivos recebendo "presentes" vindos diretamente de Gaza, como centenas de catiúchas, Israel resolveu reagir. E como o poderio bélico de Israel é maior, o estrago também é maior. O mundo olhou feio, apontou seu grande dedo hipócrita para a "matança" que o estado de Israel está promovendo. Não sou a favor da guerra, mas sou a favor da defesa e penso que Israel faz muito bem em gritar para o mundo que está cansado de fornecer alimento, água, luz, etc, e em troca receber a intolerância em forma de mísseis. O problema é muito mais complexo do que eu expûs, pois a guerra envolve interesses maiores que muitas vezes desconhecemos e conflitos nesta região são constantes. O que dói em mim é ver que novamente muitos vão pagar para que poucos sustentem seu poder. A história se repete "desde que o mundo é mundo".

Passemos agora para os momentos de paz. Sim, isso é possível por aqui. Tenho que deixar registrado aqui os passeios deliciosos que fizemos durante a permanência da sobrinha de Léo em Israel. Fomos várias vezes em Jerusalém, passamos pelo Kotel e por debaixo do Kotel. Dentro dos túneis dá pra ver o quão grande é o muro. Fomos no museo dos pergaminhos do mar morto neste mesmo dia, cuja temperatura era bem baixa. Fomos em três sítios arqueológicos maravilhosos, um fica do lado do Kotel, o Parque Arqueológico de Jerusalém, o segundo em Cesaréia e o terceiro em Beit She'an, norte de Israel. Fiquei encantada com os banhos romanos de Cesaréia e Beit She'an. Também fomos em Haifa no Jardim de Baha'í, e passeamos à noite pelo Porto de Tel Aviv.

Por fim, no dia 3 comemoramos 8 meses de Israel e passamos o ano sem fogos, mas com comemoração. Eu e léo brindamos o ano junto com um casal de amigos aqui do Merkaz, com direito a espumante e esperança em 2009.

Kiss! Lehitraot!