segunda-feira, 2 de junho de 2008

Savlanut!

Sábado foi dia de praia! Pegamos nossa bike e seguimos a caminho do mar. Preparamos o lanchinho, aqui não é feio levar comidinhas pra praia, muita água pra segurar o calor e muita disposição! Só esquecemos de alguns detalhes como por exemplo, que não temos mais 20 anos e digamos que estamos acima do peso. A ida sempre é mais fácil, mas pra eu não desperdiçar minhas forças logo de primeira, eu lembrava que tinha que voltar e da mesma forma que estava indo, ou seja, pedalando. Levamos uma hora e meia entre subidas e descidas e calor, muito calor! Quem disse que aqui não se sua, não deve ter andando de bicicleta . Mas a recompensa valeu por tudo. O mar estava delicioso. Tudo na medida certa! Ondas pequenas, mar limpíssimo, temperatura agradabilíssima, e a cor da água era a perfeição! A praia era bem interessante também no quesito tipos físicos humanos e suas vestimentas. Os biquinis são maiores que os nossos, mas não achei tão grandes. Me olharam muito e meu biquini nem é tão pequeno assim. Isso me deixou bem incomodada, mas depois me disseram que é assim mesmo. As meninas aqui assumem o cabelo que Deus lhes deu! Nada de chapinha ou alisamento. É tudo desgrenhado, encaracolado, encorpado, volumoso e lindo! Também tem o estilo curtinho feito o meu. Ficamos perto de um bar todo estiloso. Parece com os quiosques do Rio, só que as cadeiras tem almofadas e o clima é lounge. O som foi um detalhe a parte, nada de axé, "onda, olha a onda, onda, onda!!!"... Música trance, gostosa, na altura que dava pra escutar o mar. Nada de vendedores ambulantes, mas esta constatação não é algo elogioso, mas sim algo com um "que" de saudade. Faltou o, "olha o picolé do chinaaaaa!!!", "Olha o mate geladoooo!!!", "Biscoito Globo, quem vai querer????"... Ganha - se de um lado, perde-se do outro, e assim é a vida!

Ontem fomos a Jerusalém. Confesso que era um dos lugares que eu mais guardava expectativa. Mas devido a problemas logísticos, ou seja, má organização somado a visita do primeiro ministro a Jerusalém, ficamos a maior parte do tempo esperando. Não consegui conhecer realmente Jerusalém, mas o pouco que vi muito me encantou! Fomos no Kotel. Pra minha surpresa é menor do que eu imaginava. Cheguei perto do muro, pelo lado das mulheres. Passei vergonha logo na entrada, pois estava de vestido, destampado em cima. Ao entrar, tinha umas mulheres que falaram comigo,ou melhor, gritaram. Eu e o hebraico ainda não nos damos bem, então tive logo um pensamento bem brasileiro, de que as mulheres queriam me pedir dinheiro, queriam me vender alguma coisa. Me apressei a dizer lo, lo, lo... que é não em hebraico, mas elas continuaram em cima de mim e cada vez mais exaltadas, até que uma delas jogou um pano nos meus ombros que me cobriu. Só então entendi que eu não podia chegar perto do muro vestida daquele jeito. Mesmo assim, ainda fiquei pensando se eu não teria que pagar por aquele pano e fiquei olhando ao redor pra ver se elas não tinham me enganado. Mas eu não fui enganada, mas sim estava enganada, e ainda devo me enganar muito por aqui. Savlanut, ou seja, paciência! Esta é a palavra que mais ouvimos desde que chegamos. Dia 17 voltaremos em Jerusalém e certamente será bem melhor!



Kiss! Lehitraot!

Um comentário:

Anônimo disse...

Raquel. Será que ao inves de ser por causa do vestido não foi por causa do decote no busto?! Tive reparando o vídeo e acho que a maioria das mulheres que estavam no vídeo estavam com gola até o pescoço.